terça-feira, 31 de agosto de 2010

Acostumando-se a migalhas

Receber migalhas afecta nossa auto-estima e com o tempo vamos achando que é isso o que merecemos. Que não nascemos para ser totalmente felizes. Que ok, podemos viver dessa maneira – mendigos ambulantes – à espreita do outro.


Começamos a relação para investir, achamos que tudo bem – se o outro não estiver totalmente inteiro, deixamos o tempo passar e, quando acordamos, foram-se meses, anos, uma vida – num relacionamento infundado que nunca, nunca vai sair desse marasmo..

Bem, então, qual o nosso papel nessa relação? Encolher? Não cobrar, não atormentar o outro com nossos desejos, nossas inquietações, nossos sonhos? Deixar a vida passar? Não sorrir? Não incomodar?

Enfim, numa situação que à beira do masoquismo – nosso papel se limita a acabar com nossa felicidade e, o pior, vivermos esfomeados com base na benevolência do outro – que pode ou não acontecer…

Qual o papel do outro nessa história além de ser complementar à nossa neurose? Continuar exactamente como sempre foi – ou seja, mesquinho, inseguro, indefinido, inconstante. Aquele que dá pouco, muito pouco, tão pouco que a relação pode se arrastar indefinidamente…

Preste atenção nisso. Ouvi esse comentário de um mestre esta semana: aquele que se preserva para viver relações paralelas ou que não tem condições de se abrir e viver uma história por inteiro não vive e não deixa viver.

Pode viver assim distribuindo afagos poucos indefinidamente – afinal, nada muda em suas vidas… Aquele que não está presente, não pode atender ao telefone, não pode te ver não está nem aí para suas necessidades. Não comparece e – perdoe-me – não são forças ocultas que o impedem. Não são problemas ligados ao trabalho, à família, à vida, à frustração etc, etc…

Apenas entenda que este não pode – NÃO QUER!!

A questão é: estamos prontos para sair? Estamos prontos para começar de novo?



Fácil? Não! Não é nada fácil.


É só caminhar... Escolhas... sempre escolhas.

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